Eu te vi ao longe e meu coração disparou. Era a primeira vez que te via, mas algo dentro de mim me dizia que você era especial. Mas eu tenho essa mania de estragar tudo e bastou um instante para que isso acontecesse. Minhas pernas tremiam por sua causa e quando dei por mim, estava tropeçando e indo ao chão. Mas antes de cair, você veio em minha direção e me segurou nos seus braços, me pedindo para ter cuidado.



Você me olhava com carinho e me dizia palavras doces. Parecia realmente se importar comigo, me escutava e queria saber de mim, das minhas dúvidas, dos meus anseios, dos meus planos, do que eu queria para o futuro. Você me abraçava e o tempo parava ao meu redor. O seu abraço era o meu mundo. Não queria sair dos seus braços, porque o mundo era perigoso e com você, eu me sentia segura, me sentia acolhida. Você cuidava de mim, me protegia. O teu beijo na minha testa era a melhor parte do meu dia. Saber que no fim do dia eu te encontraria era o que me fazia suportar cada momento ruim. Eu esperava pela hora em que deitaríamos juntos, lado a lado, você entrelaçaria teus dedos aos meus e sussurraria aos meus ouvidos. Você tinha uma maneira engraçada até de me fazer carinho. Apertava minha orelha e meu nariz e isso era algo só seu, exclusivo. Lembro de apoiar minha cabeça no teu ombro e ficar te admirando enquanto você sorria pra mim. Mas tudo isso acabou. Acabou no momento em que eu descobri quem você realmente era.




Eu sempre acreditei que poderia mudar o mundo, que minhas ações poderiam fazer diferença e o mundo se tornaria um lugar melhor por minha causa. Eu sempre tive esse ideal: mudar o mundo.
Eu sempre tive esse propósito: fazer diferença. Com o tempo fui percebendo que as coisas não funcionavam do jeito que eu imaginava. E isso fez com que eu começasse a me frustrar, fui me fechando no meu próprio casulo, pois me considerava inútil, já que aquilo que eu desejava não estava dando certo.




Eu não lembro a primeira pessoa que me decepcionou, também não lembro qual foi a situação ou como a superei. Talvez eu não lembre porque a vida me ensinou que guardar mágoas das pessoas só vai fazer mal a mim mesma e eu aprendi que o perdão é necessário, não apenas para a pessoa que o receba, mas principalmente para a pessoa que o dá. Quando a gente perdoa, ficamos em paz, e aquilo que nos machucava já não tem mais importância. Mas nem sempre é fácil perdoar, às vezes demora para que a gente consiga superar o mal que nos fizeram.




Eu entendo o que está acontecendo com você, eu já passei por isso. Eu lembro de cada vez que me machucaram, que pisotearam meu coração e que eu achei que não fosse sobreviver. Meu coração está cheio de marcas, de cicatrizes e de remendos, mas ele ainda bate, ainda insiste em tentar de novo. Eu sei o que você está passando e eu entendo você agir assim. Você está quebrado e tem medo de se entregar novamente. É compreensível. 





Você foi se aproximando aos poucos de mim, me envolveu em seus braços e me beijou intensamente. Naquele momento eu soube o que você queria, era apenas desejo, mas era mais forte do que nós. Você conseguiu me desarmar com apenas um olhar, e eu não conseguia entender o que estava acontecendo, era a primeira vez que eu sentia um desejo tão ardente.
Você sorria e me deixava sem graça. Me despia com o olhar e me deixava ruborizada. Eu tentei escapar de você, mas o meu corpo pedia pelo seu. Não me importava que fosse por apenas aquela noite, porque eu queria você, precisava de você. Era uma sensação diferente de tudo o que eu havia vivenciado. Já havia estado com outros homens, mas o meu desejo por você era maior.
Você deslizava a sua mão pelo meu corpo e seu toque me arrepiava. Sua língua brincava com a minha e a noite contigo foi melhor do que eu poderia imaginar. Você me envolveu, me fez ser tua por aquela noite. Costumo ter certos pudores no primeiro encontro, mas com você não consegui resistir. Você deixou claro que me queria e eu não me senti usada, pelo contrário, me senti livre, porque agi espontaneamente e sem amarras.




Eu estava perdida na pista de dança, todos percebiam que eu não sabia dançar. Mas eu queria apenas me divertir e não me importava com o que os outros poderiam pensar. Então, você apareceu do outro lado da pista e eu percebi que você me olhava. Você ria e parecia achar engraçado o meu jeito estranho de dançar. Aos poucos você foi se aproximando, me pegou pela mão e me levou para perto de você. O seu toque me arrepiou.
Logo começou uma música lenta e eu pensei em me desvencilhar de você e sair dali, mas você me abraçou mais forte e me segurou com firmeza pela cintura, foi me conduzindo pelo salão, guiando meus passos. Seu rosto próximo do meu, você sussurrava no meu ouvido, mas eu não conseguia entender o que me dizia, tamanho o atordoamento que me provocou.




Acho que sou a pessoa mais chata que existe nesse mundo e acredito que você deve concordar comigo. Você me conhece, então sabe que eu tenho razão, detesto que digam que eu estou errada, – mesmo que eu esteja – me deixe ser teimosa, por favor. Você sabe que se tentar discutir comigo, a nossa discussão não terá fim, porque eu sou boa na argumentação e sempre faço questão de “vencer” e eu sei o quanto isso te irrita, e é engraçado ver sua cara de impaciência comigo, mas no fundo eu sei que você não resiste e faz isso para me provocar.  
Você me faz perder o chão quando diz algo ao meu respeito, principalmente quando me elogia, você sabe que eu fico sem reação quando você faz isso. Eu não lido bem com elogios, não sei o que fazer, me atrapalho, fico sem graça e vermelha como um pimentão, e você ri quando me vê dessa forma. Você ri de mim e eu fico com vontade de te bater por causa disso. Tento trocar de assunto, fingir que isso não aconteceu, o que te faz dar ainda mais risadas. E meu coração pula pela forma como você olha pra mim, como se existisse apenas nós dois.



Vi essa tag no Follow Cíntia e como sou apaixonada por séries, resolvi respondê-la.

1- Qual é sua série favorita de todos os tempos?
Friends é minha série favorita e sempre vai ser. Foi o primeiro seriado que eu assisti na vida e foi por causa de Friends que eu me tornei seriadora, e eu digo com toda convicção que Rachel, Monica, Phoebe, Ross, Chandler e Joey são como amigos que realmente fazem parte da minha vida e estiveram comigo e presentes na minha vida em todos os momentos. É daqueles seriados que eu sempre faço questão de assistir um episódio e rir novamente, apenas para matar as saudades.




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Quando eu te conheci, achei que seria apenas mais alguém sem importância na minha vida, mas como eu estava enganada... Quanto mais eu conversava com você, mais eu me envolvia, mais eu sentia necessidade de ter você perto. Você foi me conquistando aos poucos e quando eu percebi, já estava totalmente entregue a você, de corpo e alma.
Talvez por ter me entregado tão facilmente aos seus encantos, eu não me dei conta do que estava acontecendo, comigo e com o nosso relacionamento. Talvez eu fosse ingênua demais, porque eu me contentava com o pouco que você me dava. Alguns dizem que eu aceitei tudo o que você me fez por ser nova demais e não saber como agir. Mas eu realmente não sei explicar o que acontecia comigo e como você ainda consegue me controlar.
Acho que você nunca se importou de verdade comigo, a cada desentendimento que tínhamos era como se meu mundo desmoronasse e acho que pra você não fazia nenhuma diferença. E como é difícil pra mim me dar conta disso. Saber que, talvez, eu tenha amado por nós dois. Parte meu coração ver você com outras garotas, parece que você faz isso para me provocar, para mostrar que está melhor sem mim. E eu não consigo entender isso... Será que eu fui tão pouco assim pra você?




O relógio despertou às 6h30min e Sophia acordou pronta para mais um dia de aula. Era terça-feira e naquele dia ela teria prova de Literatura. Havia escolhido um livro da literatura clássica brasileira para fazer a prova, assim já se preparava para os estudos do vestibular. Ela acordava todos os dias pensando em como seria seu futuro. Queria cursar Medicina, mas tinha medo de não conseguir passar e isso a assustava muito.
O despertador de Arthur já havia tocado algumas vezes, ele ouvia o som do alarme, mas voltava a cochilar logo em seguida. Não estava com vontade de se levantar, estava com preguiça de ir que ir para o colégio, ainda mais por saber que teria prova de Literatura naquele dia, e ele sequer havia lido um livro por completo nos últimos meses, assim sequer sabia como faria a prova, e preferia continuar dormindo.




25 anos de idade. ¼ de século. É incrível como o tempo passa rápido, tenho a sensação de que já vivi tanto e ao mesmo tempo, ainda tenho muito o que viver. Não sei se me sinto jovem ou velha, mas tenho orgulho de quem eu sou e de quem eu me tornei a partir das experiências que tive na minha vida.
Às vezes eu sinto como se não pertencesse a esse mundo, me sinto tão diferente das outras pessoas. Não que eu ache que seja mais especial do que os demais, mas eu sinto que tenho gostos diferentes da maioria das pessoas e não me contento com o que é comum, e acho que isso me faz ser tão diferente. Mas ao mesmo tempo, tenho consciência de que cada um de nós, com nossas particularidades, somos únicos, então talvez eu esteja falando besteira.
É complicado, acho que o dia em si me faz ser mais reflexiva. Não sei se você percebeu, mas hoje é meu aniversário, e no dia de hoje é comum eu pensar muito sobre mim mesma e sobre a vida, mas são tantos pensamentos que invadem a minha mente, que eu acabo me sentindo perdida. Perdida em mim mesma.




Incontáveis vezes ela havia tentado lhe explicar o que estava acontecendo em seu coração, todas as suas inseguranças e seus medos. Ela sabia que o relacionamento entre os dois estava fadado ao fracasso, e ele sempre dizia que o sentimento era mais forte e que isso os uniria para sempre. Mas ela sabia que não era assim, porque ele estava se afastando, ele não dava importância para o que havia de mais simples na vida dela e ela não podia mais contar com ele. Os dois sempre se apoiaram um no outro e isso não acontecia mais, ela sentia que toda vez que pedia atenção para ele, estava se humilhando, como se a pouca atenção que ele dava para ela fosse apenas uma obrigação e ela não aguentava mais essa situação. Ela tinha duas opções, continuar nesse relacionamento apesar das adversidades ou terminá-lo e aprender a conviver apenas com sua própria companhia.




Sempre achei que não encontraria a pessoa certa e não conseguia acreditar na existência do amor. Observo os casais que estão ao meu redor e só vejo banalidade, como se o que unisse as pessoas fosse apenas o medo de ficarem sós. Não há mais amor, apenas medo da carência e da solidão. Eu também era assim. Tinha medo de que ficaria sozinha e acabava me envolvendo em relacionamentos superficiais. Tentava acreditar que realmente gostava da pessoa que estava ao meu lado, mesmo que no fundo eu soubesse que isso não era verdade.
Mas então, você apareceu. Você apareceu e virou meu mundo de cabeça para baixo. Nunca havia sentido isso por ninguém e sequer consigo explicar o que se passa comigo quando você está por perto. Você me faz sorrir e me faz perder o chão. Eu via o mundo em preto e branco e você me fez vê-lo colorido. Você me fez voltar a acreditar: no amor e na felicidade. Você é a pessoa certa, é como se você tivesse sido feito pra mim. E eu pra você. Às vezes eu sinto como se isso fosse magia, porque é difícil acreditar que você realmente existe. A minha vida só começou a fazer sentido quando você apareceu. Não me lembro de como eu era antes de você.




Sophia e Arthur estudavam juntos desde crianças, mas se falaram poucas vezes, não tinham qualquer tipo de proximidade um com o outro. Ele era daquele tipo de garoto que gostava de chamar a atenção, era popular e conquistava todas as meninas que estavam ao seu redor. Ela era uma garota simples e estudiosa, que se preocupava mais com os outros do que consigo mesma.
Sophia não gostava muito de Arthur, achava o rapaz muito egoísta e mulherengo. A impressão que tinha era que ele se importava mais com quantas mulheres poderia ficar do que com seus estudos e seu futuro. E ela não gostava disso, não gostava da forma como ele agia. Achava que um dia ele se arrependeria de ser assim. E achava errada a forma como ele tratava as mulheres. Ficava inconformada por vê-lo tratá-las como se elas não tivessem importância, como se só existissem para servi-lo.
Arthur admirava Sophia, achava que ela era diferente de todas as outras mulheres que ele já havia conhecido. Admirava sua beleza e sua inteligência, mas não entendia os motivos pelos quais ela nunca se interessou por ele, por isso achava que havia algo de errado na garota. Ele conseguia conquistar todas as mulheres, menos Sophia, e isso o intrigava.




Com o tempo vamos aprendendo quem realmente vale a pena ter em nossas vidas, percebemos que cada pessoa vai ter uma parte diferente de nós e consequentemente vamos acabar priorizando alguns em detrimento de outros. E tudo bem, é assim que a vida funciona. Cada relação construída é diferente, cada amigo seu te conhece de determinada forma, para cada pessoa você se doa de forma diferente. 
E às vezes é difícil lidar com o fato de que os nossos sentimentos e os daqueles que nos relacionamos são diferentes, às vezes estamos mais disponíveis do que os outros, nos preocupamos mais e estamos dispostos a estar ao seu lado incondicionalmente, mesmo que a outra pessoa não faça o mesmo. Apoiar alguém e não pedir nada em troca é uma das maiores provas de afeto que podemos dar. Se realmente amamos, não podemos exigir que as outras pessoas nos amem da mesma forma. A vida não funciona assim. Em qualquer relacionamento, sempre vai ter aquele que ama e se entrega mais, e você deve estar preparado para ocupar esse papel, se esse for o caso. Isso não significa que os outros não gostem de você ou não te considerem, apenas possuem uma forma diferente de lidar com os próprios relacionamentos. E não há nada de errado nisso. Você não precisa se desesperar, ficar triste ou sofrer porque alguém não te ama da forma como você gostaria. A culpa não é sua. E na verdade, a culpa também não é do outro. Ninguém tem culpa pela forma como lida com os próprios sentimentos.




Depois de vivenciar uma crise atrás de outra, resolvi recuar. Senti a necessidade de observar o que acontecia ao meu redor. Analisar as pessoas que me cercam e as situações que estou vivendo. Eu precisava disso: parar um pouco. Parar de me preocupar. Parar de querer sempre ter o controle da situação. Essa necessidade de querer que as coisas aconteçam da forma como eu desejo estava me deixando louca. A frustração, a ansiedade e a tristeza, estavam tomando conta de mim. Não podia mais suportar isso. E eu parei.
Deixei todos os sentimentos negativos largados em um canto e resolvi refletir sobre o que estava acontecendo. Foi difícil no começo. Dei-me conta de coisas que não queria aceitar (e talvez ainda não aceite). Mas agora eu consigo respirar aliviada. Respiro aliviada porque agora entendo melhor o que está acontecendo e posso seguir em frente. Estou lidando melhor com tudo isso, aceito que não posso ter controle sobre tudo e mudei minha forma de agir naquilo que foi necessário. É incrível que, ao fazer isso, tudo mudou. Eu mudei, minha relação com as outras pessoas mudou, minha vida mudou. Mudou para melhor.




Percebi que não vale a pena. Não vale a pena me esforçar a estar nessa relação. Não vale a pena me humilhar por você. Você não merece tudo o que fiz e ainda tenho feito para nos salvar. Não estou desistindo, apenas não faço mais questão. E me sinto aliviada por ter me dado conta disso. Por ter percebido que ficar longe de você, será melhor pra mim. A vida me ensinou a lutar apenas por aqueles que merecem, até pouco tempo atrás, eu achava que você era uma dessas pessoas, mas todas suas ações me provaram o contrário. 




Meu amor, eu espero que um dia você perceba todos os erros que cometeu comigo, e da próxima vez, no seu próximo relacionamento, não erre da mesma forma. O fim do nosso romance chegou e eu demorei a me dar conta disso, mas agora eu sei. Agora eu tenho a certeza de que mereço alguém melhor, alguém que realmente saiba o que significa amar. É uma pena ter percebido quem você realmente é. A princípio me revoltei, me entristeci, mas agora minha alma está em paz. Não preciso de você, eu me basto. E eu espero que você seja feliz, porque eu hei de ser feliz também.

Ela estava com um vestido xadrez e tranças no cabelo. Ele estava com calça jeans, camisa xadrez e chapéu de palha. Era dia de festa junina. Os dois iam dançar quadrilha juntos naquele dia. Ela estava empolgada, gostava muito de dançar e amava festas juninas. Ele só estava ali porque ela havia insistido, já que mal sabia dançar e era todo atrapalhado. Ela sempre gostou dele, amava seu sorriso e a forma como seus olhos brilhavam quando estava empolgado com algo. Ele sempre gostou dela, adorava quando o vento fazia seus cabelos voarem, porque isso a fazia rir, e ele amava vê-la feliz.
Ao chegarem na festa, era como se ela tivesse voltado a ser criança, encantada com as bandeirinhas do local e cantarolando as músicas que eram tocadas. Ela gostava das coisas mais simples e era isso o que ele mais admirava nela. Ele comprou uma maçã do amor para ela, porque sabia que ela gostava, e não conseguiu controlar o riso vendo-a se lambuzar toda. Ela se irritou com as risadas dele, porque achava que ele estava tirando sarro dela, mas no final, acabou rindo também, porque realmente não conseguia resistir ao sorriso dele.
Eles comeram todas as guloseimas possíveis, e dividiram um quentão e um chá de amendoim. Conversaram a noite toda, mas nem todo o tempo do mundo era suficiente para os dois, ter a companhia um do outro era mais do que gratificante.




Me sinto em um turbilhão de sensações, acho que estou em crise existencial. Mas não faz sentido eu vivenciar uma crise justamente nesse momento da minha vida, sou tão nova, e ao mesmo tempo, sinto que sou tão velha. Aos vinte e poucos anos é como se nada fizesse sentido. Se já estou assim agora, imagina quando chegar aos trinta? Eu quero tudo, vivenciar a vida na maior intensidade possível, aproveitar os estudos, o trabalho, as festas, as viagens, tudo o que a vida puder me oferecer; mas ao mesmo tempo não quero nada, quero apenas dormir, porque sinto como se não tivesse forças para continuar e não vou ter tempo para alcançar tudo o que desejo. Sinto como se precisasse correr contra o tempo para fazer tudo o que preciso.
Tenho a sensação de que todos a minha volta estão com uma vida melhor, mesmo que estejamos na mesma faixa etária. E não sei o que há de errado. Vejo antigos colegas de escola se casando e percebo que tudo deu errado na minha vida amorosa. Não que meu objetivo de vida seja o casamento, mas sinto que a vida poderia ser melhor se eu tivesse encontrado a pessoa certa pra mim, poderia ter alguém para compartilhar a vida, mas eu não tenho. Como os outros conseguem viver um bom relacionamento, menos eu? Será que eu tenho algum problema? Qual o sentido de ainda não ter encontrado uma boa pessoa? Provavelmente, o problema sou eu. Vejo amigas com seus lindos bebês, o que me desperta a vontade de ser mãe, mas fico na dúvida se seria boa nisso. Todos os que conheço fazem viagens melhores do que eu e parecem viver situações muito mais interessantes do que eu. É como se a vida de todos estivesse dando certo e eu estivesse parada no tempo.




Eu gostaria de entender o que deu errado. Onde foi que eu errei. Em que momento eu te perdi. Achava que ficaríamos juntos para sempre, a gente tinha tudo para dar certo, mas em algum momento isso se acabou. Você foi se afastando de mim aos poucos e eu não consigo entender como eu deixei isso acontecer. Quanto mais você se afastava, mais eu tentava te trazer de volta, e eu falhei em todas minhas tentativas, porque você nunca quis voltar. Eu forçava sua presença, mas você queria ir embora. Eu me humilhava para ter um pouco da sua atenção, eu te dava todo meu amor para ter migalhas vindas de ti. Você demonstrava não estar mais interessado, mas eu insistia. Insistia porque preciso de você. Talvez meu maior erro seja esse: ter necessidade de você. Acho que os meus sentimentos se tornaram doentios, e não sei se a culpa disso é minha ou sua. 
Fico completamente enciumada ao ver você com outras pessoas, me destrói ver que você encontra felicidade com outra e não comigo. Meu ciúme acabou comigo e tirou você de mim. Você foi embora e eu fiquei. Fiquei e sinto falta de você. Falta dos nossos momentos juntos, de acordar e ter você ao meu lado, de ver seu sorriso, de brincar com seu cabelo, de você por inteiro. Você foi embora e deixou a dor comigo, essa dor que eu não consigo aguentar, que sufoca meu peito e parece que vai explodir a qualquer momento. 





Eu tenho uma grande dificuldade em me aceitar, em todos os aspectos. Fisicamente, me acho inadequada, estou completamente fora de todos os padrões impostos pela sociedade. É fácil dizer que precisamos nos aceitar como somos, mas como fazer isso quando toda a sociedade diz que você precisa mudar para ser realmente aceita? Às vezes é cansativo não estar dentro do padrão, e quanto mais se tenta, mais parece que esse é um objetivo inalcançável. Cansei de tentar, mas não consigo me aceitar. Quero ser quem eu sou, mas tenho dificuldades nisso, porque também quero ser aceita.
Vale a pena mudar para ser aceita e agradar aos outros? Ou é melhor ser quem se é, mesmo que isso implique em não ser aceita pelos demais? Como lidar com isso? São tantas dúvidas que acaba sendo impossível decidir o que fazer.




Não consigo aceitar minhas particularidades porque me ensinaram que não faço parte do que é considerado ideal. Quando alguém diz: “Você é linda!”, eu tenho certeza de que está apenas dizendo isso para me agradar, mas não é verdadeiro. E isso é estranho e doloroso. Como aceitar a sua não-beleza? Eu aprendi o que é considerado belo e não faço parte disso. Mas resta aceitar que não tem problema. Não tem problema ser diferente. Não tem problema não estar dentro dos estereótipos esperados. Não tem problema ser quem eu sou. Por mais que eu saiba que realmente não tem problema, aceitar esse fato ainda é difícil, talvez eu nunca consiga aceitar, talvez eu sempre acabe buscando preencher algum requisito que a sociedade impõe. Realmente não sei. Mas não me diga que sou bonita, pois nisso, eu não irei acreditar.

Ela sempre desejou que esse momento chegasse, quando ainda era adolescente havia criado em sua mente tudo o que pudesse ter relação com ela, havia idealizado suas características físicas e sua personalidade, pensava nela todo o instante. Seus sentimentos se misturavam em uma grande contradição, ansiedade e preocupação pelos cuidados que precisaria ter pelos meses que se seguiam e uma felicidade e amor imensos por esse pequeno ser. O teste havia dado positivo, ela estava grávida.
Contar a notícia ao marido era ter alguém com quem compartilhar aquele momento maravilhoso na sua vida. A cada sensação nova relacionada aquele ser que estava crescendo dentro de si era comentada com entusiasmo, ela queria dividir com todos os que estavam ao seu redor o quanto era gratificante gerar uma vida. As alterações de humor e os enjoos a incomodavam, mas nada poderia estragar a sua felicidade, a vida era boa demais para que ela se preocupasse com isso.





Uma vez, uma personagem de um seriado disse: “As pessoas sempre vão embora”. E eu tentava não acreditar nisso, até porque nunca quis ir embora, mesmo quando sentia a necessidade disso, mesmo quando achava que ir embora seria melhor. Talvez eu tenha dificuldade em deixar as pessoas irem embora, porque tenho comigo que, se você quis entrar na minha vida, o ideal seria que permanecesse nela para sempre. Eu demoro para deixar as pessoas se aproximarem, mas quando deixo alguém tocar minha alma, não quero que ela vá embora, quero ter para sempre sua companhia. Como lidar com o fato de que o “para sempre” não existe? Como lidar com o fato de que as pessoas realmente vão embora? Algumas pessoas vão estar presentes apenas em determinados momentos, outras você vai acreditar que estarão para sempre com você, mas talvez não estejam... 





Ela não se sente amada e já se acostumou com isso. Ela não consegue confiar nas pessoas e consequentemente não consegue fazer amizades, e no final, as pessoas sempre acabam indo embora ou ela acaba se isolando. Ela é reservada, não consegue contar o que sente ou dividir seus problemas, mas todos confiam nela, todos se sentem protegidos quando ela está por perto. Quando alguém precisa, ela sempre é a primeira que procuram, mas o contrário nunca acontece, quando ela precisa, ela não procura ninguém. Ela acha que ninguém se importa, ninguém percebe quando ela está mal e ela não deixa ninguém chegar perto. Mas ela é carinhosa e atenciosa com as pessoas que gosta, faz de tudo para estar ao lado de quem ama, aguenta as dores alheias, mesmo que as suas dores sejam maiores. Tenta ao máximo fazer o bem para os outros, mesmo achando que ninguém faria o mesmo por ela. Ela se sente estranha por isso, distribui tanto amor e não consegue sentir que isso seja retribuído. 






É triste perceber que o amor que sinto por você não é correspondido. Tivemos todas as oportunidades para sermos felizes juntos, mas algo deu errado no meio do caminho, você simplesmente não sente o mesmo que eu. Em todos os momentos que você precisou, eu estive ao seu lado, eu fui amiga, confidente e amante, mas isso não foi o suficiente. Você não estava disponível para mim e eu não poderia amar por nós dois. Essa dor dilacerante que está no meu peito em algum momento vai acabar se curando, mas isso não significa que eu vou deixar de te amar. A gente não escolhe por quem se apaixona, e se eu pudesse escolher, não escolheria você. Mas você é perfeito pra mim, quando eu acordo, você é o meu primeiro pensamento e quando vou dormir, sonho com você. Lembro de você em cada instante, pelas coisas mais simples, você não sai da minha cabeça. Mesmo que hoje tenhamos nos afastado um pouco, meu sentimento não mudou, ainda penso em você, lembro dos seus beijos e das suas carícias e queria entender onde foi que eu errei, como não consegui fazer com que você se apaixonasse por mim? Sei que não posso me sentir culpada por isso, como eu disse, a gente não escolhe por quem se apaixona, e eu tenho certeza de que se você pudesse escolher, me escolheria, porque ninguém te dá atenção e te cuida tão bem quanto eu. Quando você me fala dela, meu coração se desfaz em pedaços, não apenas porque eu gostaria que você me amasse dessa forma, mas também porque sei que ela não sente o mesmo que você, e dói em mim te ver sofrer, saber que a importância que você tem para ela é a mesma que eu tenho pra você: insuficiente. 





As pessoas me olham e me perguntam se estou bem. Eu sempre respondo que sim e elas sempre acreditam. Na verdade estou um caos, mas sei que a maioria das pessoas não teria paciência para ouvir o que tenho a dizer ou talvez até me ouvissem, mas na metade do meu discurso se distrairiam e não se preocupariam de fato comigo. Eu tenho essa mania de achar que as pessoas não se importam com o que acontece fora do mundo delas, é como se apenas as suas próprias angústias fossem importantes e o resto do mundo não mereça a mesma atenção. Eu sempre me preocupo com todos que estão ao meu redor, escuto os problemas alheios, dou conselhos, estou pronta para ouvir, em qualquer circunstância, mas quando é comigo, a situação muda completamente. Não encontro alguém que tenha disponibilidade em me ouvir, em estar ao meu lado e isso faz com que o mundo desmorone sobre a minha cabeça. É difícil explicar tudo o que está me consumindo e você não teria paciência para me ouvir, talvez você nem esteja interessado em ouvir o que eu tenho a dizer. Mas eu estou bem, ao menos tento fingir que estou. As pessoas acham que eu sou forte ou que talvez eu não tenha problemas, porque essa é a impressão que eu passo, que está tudo bem, nada me abala, nada me atinge. Como eu gostaria que isso fosse verdade, gostaria de não sentir as coisas tão intensamente dentro de mim, porque essa dor que me sufoca não é passível de ser explicada em palavras, esse vazio aqui dentro não há como ser preenchido. E eu digo que estou bem. Não quero ter que me explicar ou que as pessoas tenham pena de mim, é difícil entender o que se passa comigo, sei que essa angústia vai cessar, mas nesse exato instante, ela está me consumindo e ela vai acabar comigo. 






Ela acordara morrendo de ansiedade, pois sabia que sua mãe havia escondido os ovos de Páscoa em algum lugar e ela precisaria procurá-los através de pistas. Todo ano, sua mãe deixava pistas pela casa e pegadas de coelho para que ela pudesse estar pronta para a caça e encontrar seu tesouro: chocolate.
A cada ano, as dificuldades aumentavam, o que acabava tornando a brincadeira mais divertida e desafiadora. Mais do que os chocolates que ganharia como recompensa, o que a deixava feliz era ter essa tradição, ter esse momento de diversão com sua mãe e depois se lambuzar de chocolate com ela.




A menina sabia o quão significativa era aquela data, a ressurreição de Jesus Cristo, que morreu por nós, mas além disso, também sabia o quanto esses momentos com sua mãe eram, da mesma forma, importantes, já que além de refletir sobre o significado da data, era um daqueles dias em que tinha a atenção exclusiva da pessoa mais importante da sua vida: sua mãe.
Ela não queria que a infância acabasse, que esses momentos se dissolvessem, mas tinha certeza de que quando isso chegasse ao fim sentiria falta desses momentos, guardaria todas as lembranças com muito carinho e quando tivesse seus próprios filhos, criaria tradições parecidas com eles, para que os mesmos pudessem se recordar disso pelo resto de suas vidas, assim como era com ela.

Não consigo imaginar como seria a minha vida se eu não tivesse te encontrado. Tudo se torna mais fácil por ter você ao meu lado. Quando tenho algum problema, é você que me ajuda a resolvê-lo. Se estou triste e decepcionada, você é a primeira pessoa a demonstrar que realmente se importa em como eu me sinto e me ajuda a superar. Nas minhas conquistas, eu percebo que você torce por mim de verdade e deseja o melhor para a minha vida.
Nunca fui de me abrir com as pessoas, sou extremamente reservada, guardo todos meus sentimentos e angústias para mim, mas isso muda quando estou com você, porque só com você eu consigo desabafar e contar todos os sentimentos, dúvidas e temores que existem dentro de mim. É como se só você me entendesse, só com você que eu posso demonstrar quem verdadeiramente eu sou.
Você ri do quanto eu sou desastrada e acha graça na minha cantoria desafinada. Consegue aguentar minha TPM como ninguém e mesmo quando brigamos, isso não costuma durar, já que não conseguimos ficar muito tempo longe um do outro.




Não me lembro como isso aconteceu, não sei em que momento você conseguiu me conquistar, mas quando eu percebi, já estava completamente envolvida por você. E isso nunca havia acontecido, ao menos não nessa intensidade. Eu posso dividir a minha vida em Antes de você x Depois de você. As coisas só começaram a fazer sentido quando eu te encontrei. Durante todos esses anos, era você que eu esperava. É como se Deus, o destino ou o acaso tivessem me preparado para esse momento. O momento em que eu te encontraria e passaria o resto da minha vida com você.
É você o motivo da minha felicidade. É você o amor da minha vida. É você. 

Sou assinante da newsletter da Aline Valek e essa semana, ela propôs um desafio sobre livros, e resolvi responder as perguntas, já que ler é uma das minhas maiores paixões.

Um livro que te surpreendeu em 2014?
O Chamado do Cuco; Robert Galbraith (pseudônimo de J.K. Rowling). Sou fã da J.K. desde a infância, Harry Potter é parte fundamental da minha vida como leitora. E agora, a Rowling está em uma nova fase como autora e me surpreendeu o modo como ela está conduzindo isso tudo. E esse é o primeiro livro de uma série de suspense, que tem tudo para ser incrível.

Um livro que te decepcionou em 2014?
Fiando Palha, Tecendo Ouro; Joan Gould. O livro fala um pouco sobre significados ocultos nos contos de fadas e relaciona com o mundo feminino. Particularmente, discordei um pouco do que é retratado no livro e a leitura acabou sendo um pouco cansativa.

A melhor adaptação que você viu em 2014?
Comecei a ler Jogos Vorazes em 2014 e me empolguei bastante com a história em si e com os filmes que foram lançados (apesar de ainda não ter assistido A Esperança – Pt. 1).

Um livro que não conseguiu terminar em 2014?
Eu não gosto de deixar nenhum livro pendente de um ano para outro, e sempre me comprometo a terminar o livro que estou lendo antes de um ano novo se iniciar. Talvez seja algum tipo de superstição, não sei.

Quantos livros você conseguiu terminar em 2014?
Pelo que vi no Skoob, 20. Espero que esse ano consiga ler mais livros.